sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Tentou suicídio e foi parar no hospital psiquiátrico

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), o 7º Grupamento de Bombeiros Militares (GBM), o SAMU 192 e a Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba) ainda não conseguiram obter a identidade do pernambucano que ficou das 16h de ontem até as 5h de hoje em cima de um poste de 9,8 metros de altura, em frente ao posto da PRF de Vitória da Conquista, correndo risco de levar um choque mortal de 7.900 volts (isso apenas em uma fase na rede elétrica).
Cláudio -- esse é o nome que teria informado às autoridades -- é da Região Metropolitana de Recife (PE), aparenta ter idade entre 35 e 40 anos, estava descalço, vestia calça jeans e blusa azul marinho e foi internado no Hospital Afrânio Peixoto, onde são tratadas pessoas com problemas mentais. Porém as autoridades dizem acreditar que o problema seja mais emocional do que mental.
Segundo o inspetor da PRF, Francisco de Assis, Cláudio disse que estava tendo problemas financeiros. "Ele tinha uma empresa em sociedade com outro homem, que teria dado um golpe o deixado na sarjeta", disse o inspetor. "Assim que ele subiu no poste, a Coelba foi acionada para desligar a energia. Ele subiu muito rápido, não deu nem pra ver. O vimos andar por aqui em frente ao posto, mas não desconfiamos de nada, pois também nem tinha como", contou.
Nas poucas palavras que disse ao GBM, que tentava, por meio do soldado Agnaldo Silva, convencer o pernambucano a descer do poste, Cláudio teria dito que queria conversar com o pai, só que este foi para Pernambuco ao encontro do filho. Por meio do celular de Silva, Cláudio conversou com a madrasta, de nome não informado. Segundo informou o capitão do GBM Arilson Alves, Cláudio conversava pouco e não dizia o que queria de fato. "Ele só dizia que iria se matar".
Por volta das 21h30 de ontem Cláudio disse que iria descer, mas que não sabia a hora. Os bombeiros continuaram a negociação. Cláudio mostrou que tinha bastante resistência, pois ficou o tempo todo de cócoras e em pé no poste. Os agentes da Coelba não sabem como ele não tomou o choque, pois a distância de 80 cm já suficiente para a corrente elétrica entrar em contato com o corpo.
O desligamento da rede elétrica atingiu comunidades e povoados a 10 km de distância do posto da PRF. Escolas tiveram de cancelar as aulas, postos de gasolina ficaram às escuras, fábricas dispensaram os funcionários, igrejas realizaram missa à luz de velas, bares tiveram de vender apenas bebidas quentes e pessoas ficaram nas portas de casa conversando com os vizinhos, já que a televisão não podia ser ligada. Foram atingidos os distritos de Iguá, São João da Vitória, Dantilândia, povoado do Artério e mais quatro postos de gasolina.
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