Da Redação
Em breve, será anunciada a instalação de uma fábrica de canoas em Vitória da Conquista. A informação é do ambientalista e presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), André Cairo, num protesto irônico contra o estado precário em que a cidade fica em épocas de chuva.
"Na década de 1950, 1960 as enxurradas mediam apenas 1 m de largura, dava para saltar tranquilamente, ainda com fortes chuvas e a água era cristalina. Hoje, qualquer 'chuvinha' as águas vão de um passeio a outro, cobrindo até o joelho, transformando a cidade em um rio. E o pior: um Rio contaminado, de cor escura, invadindo o interior das casas residenciais, comerciais, entupindo as poucas bocas de lobo, aterrando vegetações, vitimando fatalmente pessoas inocentes, contaminando, destruindo estruturas, calçamentos, causando pânico, prejuízos etc. Se chover durante oito dias em Conquista uma pessoa terá que comprar oito sapatos. Imagine o trabalhador chegar ao trabalho com os pés encharcados de lama fétida! E neste Rio, como ficam idosos, gestantes e deficientes?”, pergunta.
O MCMP entrou na justiça contra a Prefeitura de Vitória da Conquista em 1997. Dez anos se passaram e quase nada foi feito. "Nas últimas chuvas a cidade virou um pandemônio e o MCMP volta a provocar o Ministério Público. Enquanto a Prefeitura não resolve o problema, a Fábrica de Canoas será um comércio bastante lucrativo, evitando inclusive, gastos com vestuários, sapatos, desgastes em veículos e reduzindo internações hospitalares, decorrentes de contaminações por germes patogênicos", disse o ambientalista.
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