
Do A TARDE
O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, recebeu com bom humor as declarações do bispo de Barra, dom Luiz Flávio Cappio, que o chamou de mal-educado. De forma polida, Geddel afirmou ser um “homem de concórdia e do entedimento“ e que deverá procurar dom Cappio em breve para discutir uma forma de ele (o bispo) contribuir com o projeto de transposição.
“Quero ver com ele qual a melhor maneira de ele nos ajudar a concretizar este projeto que é importante para a Bahia e para o Brasil“, disse. Geddel afirmou ainda que não tem nenhum problema pessoal com o bispo de Barra. “Ele pode me agredir do jeito que for que estarei sempre humildemente pronto para ouvi-lo", disse.
O ministro ressaltou ainda que recebe estes comentários de forma muito tranqüila, mas que irá procurar melhorar as suas falhas. “Recebo essas declarações do bispo dom Cappio com bastante humildade e vou procurar corrigir os meus rumos, os meus caminhos“, prometeu.
O governador Jaques Wagner, que está descansando numa fazenda, respondeu, através de sua assessoria de comunicação, às provocações de dom Cappio de forma sucinta e preferiu não comentar alguns dos pontos mais ácidos das declarações do bispo como o fato de tê-lo chamado de menino de recado do presidente Lula.
“O governador não vai comentar isso“, disse o secretário de comunicação do governador, Robinson Almeida. Com relação às críticas do bispo de que Wagner teria se aproveitado do fim da sua primeira greve de fome para buscar o apoio da região Oeste na sua campanha, o governador afirmou que sempre teve a mesma posição sobre o projeto de transposição do Rio São Francisco. “Disputei e ganhei a eleição compartilhando da mesma opinião do presidente da República“, disse Wagner.
O governador reiterou a sua posição sobre o polêmico projeto, afirmando que “tanto eu, quanto o presidente Luis Inácio Lula da Silva, somos favoráveis à integração das bacias“, disse. Apesar de ter se esquivado de comentar as provocações mais duras do bispo, Jaques Wagner não perdeu a oportunidade de alfinetá-lo. “É um exagero do bispo achar que a única verdade absoluta sobre esse tema é a dele“.
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