Do ATARDE
Com olhar sereno e fala tranqüila, assegurando que está bem, o bispo dom Luiz Flávio Cappio entra nesta sexta no quarto dia de greve de fome em protesto contra as obras de transposição. O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), que esteve nesta quinta em Petrolina, classificou a posição do bispo de “fundamentalista”.
Acomodado na Capela de São Francisco em Sobradinho (556 km de Salvador) o religioso mantém a determinação de só deixar o jejum diante da retirada do Exército nas obras dos eixos Norte e Leste e arquivamento definitivo do projeto que tem gerado tantas manifestações no País, em especial no Nordeste. O bispo rebateu críticas feitas ao seu protesto por Geddel e, supostamente, pelo presidente Lula . “São intempestivas e mostram o estresse e o nervoso em que eles se encontram”. Segundo dom Luiz Cappio, isso só mostra que “a consciência não está tranqüila em relação aos dois anos de contínuo pedido de abertura do diálogo e nunca ter acontecido. Falta segurança a eles”.
Durante todo o dia várias pessoas foram à capela prestar solidariedade a dom Luiz Cappio. O bispo garante que está bem, acompanhado dos irmãos, amigos e diversas representações de movimentos sociais.
Em uma carta ao povo do Nordeste ele diz que sabe que seu gesto “vi causar estranheza e incompreensões a muitas pessoas, mas não culpa a ninguém, pois a maioria acha que a transposição resolve a seca (..). O que precisa é construir uma nova mentalidade a respeito da água e combater o desperdício valorizando cada gota”.
Bom senso – Após chegar a Petrolina na tarde desta sexta, o ministro Geddel Vieira Lima seguiu com comitiva para a visita ao packing house da empresa de exportação Fruit Fort e fez algumas declarações sobre a greve de fome do religioso. O ministro descartou qualquer possibilidade de ir até Sobradinho conversar com dom Luiz Cappio e, diante das exigências do bispo, afirmou que “ele fala o que quiser, mas eu estou dizendo que a obra vai ser levada adiante porque é uma determinação do presidente e é boa para o Brasil, é boa para o Nordeste Setentrional e não prejudica a Bahia, Pernambuco ou qualquer outro Estado”.
De acordo com o ministro as pessoas precisam entender a situação e usar de bom senso, pois “essa postura fundamentalista do bispo Cappio vai de encontro aos ensinamentos da Igreja, contra ensinamentos que aprendo a respeitar desde muito jovem, como por exemplo, a preservação da vida, em saber que é pecado atentar contra a vida”. Ele traçou um paralelo da greve de fome do bispo com a possibilidade de militantes católicos e progressistas “se imolarem” , afirmando que “a Igreja e o santo padre têm que mudar sua posição a respeito de uso de preservativo ou aborto”. O ministro da Integração Nacional aproveitou o caso da demolição da Fonte Nova para criticar as posições extremistas. “E se um torcedor mais fanático se amarrar em um pilar e disser que só sai morto, porque o governo não tem legitimidade para fazer aquilo?”
Lamentando que o bispo tenha “optado pelo caminho da falta de bom senso, do fundamentalismo” Geddel pede a “Deus que, em sua generosidade e misericórdia, que lhe devolva o bom senso”.
Acomodado na Capela de São Francisco em Sobradinho (556 km de Salvador) o religioso mantém a determinação de só deixar o jejum diante da retirada do Exército nas obras dos eixos Norte e Leste e arquivamento definitivo do projeto que tem gerado tantas manifestações no País, em especial no Nordeste. O bispo rebateu críticas feitas ao seu protesto por Geddel e, supostamente, pelo presidente Lula . “São intempestivas e mostram o estresse e o nervoso em que eles se encontram”. Segundo dom Luiz Cappio, isso só mostra que “a consciência não está tranqüila em relação aos dois anos de contínuo pedido de abertura do diálogo e nunca ter acontecido. Falta segurança a eles”.
Durante todo o dia várias pessoas foram à capela prestar solidariedade a dom Luiz Cappio. O bispo garante que está bem, acompanhado dos irmãos, amigos e diversas representações de movimentos sociais.
Em uma carta ao povo do Nordeste ele diz que sabe que seu gesto “vi causar estranheza e incompreensões a muitas pessoas, mas não culpa a ninguém, pois a maioria acha que a transposição resolve a seca (..). O que precisa é construir uma nova mentalidade a respeito da água e combater o desperdício valorizando cada gota”.
Bom senso – Após chegar a Petrolina na tarde desta sexta, o ministro Geddel Vieira Lima seguiu com comitiva para a visita ao packing house da empresa de exportação Fruit Fort e fez algumas declarações sobre a greve de fome do religioso. O ministro descartou qualquer possibilidade de ir até Sobradinho conversar com dom Luiz Cappio e, diante das exigências do bispo, afirmou que “ele fala o que quiser, mas eu estou dizendo que a obra vai ser levada adiante porque é uma determinação do presidente e é boa para o Brasil, é boa para o Nordeste Setentrional e não prejudica a Bahia, Pernambuco ou qualquer outro Estado”.
De acordo com o ministro as pessoas precisam entender a situação e usar de bom senso, pois “essa postura fundamentalista do bispo Cappio vai de encontro aos ensinamentos da Igreja, contra ensinamentos que aprendo a respeitar desde muito jovem, como por exemplo, a preservação da vida, em saber que é pecado atentar contra a vida”. Ele traçou um paralelo da greve de fome do bispo com a possibilidade de militantes católicos e progressistas “se imolarem” , afirmando que “a Igreja e o santo padre têm que mudar sua posição a respeito de uso de preservativo ou aborto”. O ministro da Integração Nacional aproveitou o caso da demolição da Fonte Nova para criticar as posições extremistas. “E se um torcedor mais fanático se amarrar em um pilar e disser que só sai morto, porque o governo não tem legitimidade para fazer aquilo?”
Lamentando que o bispo tenha “optado pelo caminho da falta de bom senso, do fundamentalismo” Geddel pede a “Deus que, em sua generosidade e misericórdia, que lhe devolva o bom senso”.
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