sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Médicos insatisfeitos com salário


Max Dayan Barbosa

“Medicina brasileira exige respeito”. Esse foi o lema do Dia Nacional de Protesto em defesa do SUS por melhores condições de trabalho, remuneração e eficiência na saúde pública, defendido pela Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Federação Nacional dos Médicos (FENAN), na quarta-feira 21 de novembro.
Esses órgãos caracterizam a remuneração do SUS como vergonhosa e é o que diz também o médico Joás Meira Cardoso, delegado do Conselho Regional de Medicina de Vitória da Conquista (CREMEB). “O achatamento da tabela para valores como R$10,00 por consulta e R$ 42,00 em algumas cirurgias se deve também a apatia da classe médica, que se calou diante dessa situação. Não houve mobilizações”, disse.
“Vitória da Conquista ainda não aderiu à paralisação porque esse tipo de mobilização começa nos grandes centros, nas grandes capitais e a partir daí saem orientações para as cidades menores”, explicou.
O delegado fez uma análise da saúde pública na cidade. Ele conta que o CREMEB de Salvador esteve em Conquista há cerca de sessenta dias visitando todas as unidades de saúde pública e constatou um fato corriqueiro: o excesso de pacientes nas emergências.
A solução para tal situação, ainda segundo Meira, seria a implantação de pelo menos quatro pronto-atendimentos para procedimentos clínicos e pediátricos, em lugares estratégicos a fim de diminuir a grande quantidade de pacientes em um mesmo local.

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