sábado, 8 de dezembro de 2007

Néstor Kirchner deixa o poder com popularidade em alta


AFP


O peronista social democrata Néstor Kirchner se tornará segunda-feira um dos poucos presidentes argentinos da história a deixar o poder com popularidade em alta, sem expulsão, sem golpe, sem fracasso, e ainda com uma imagem superior à de sua sucessora, a primeira-dama Kirchner.

"Ela tem uma grande tarefa. Ela precisa de apoio para fazer o melhor dos governos. É tempo de ela ser presidente. Eu estou aqui para acompanhá-la", disse o chefe de Estado na última entrevista à TV antes de repassar o cargo à presidente-eleita.

Horas antes, o instituto de pesquisa privado Ibarómetro havia revelado que a imagem positiva de Kirchner, de 57 anos, é de 55,3%, mais do que os 50,4% de sua esposa.Sem contar as pesquisas, é difícil encontrar um caso como o de Néstor Kirchner nos últimos 90 anos.

Desde 1916, quando o voto universal e obrigatório foi instituído, somente três presidentes entregaram o poder após cumprir o mandato, mas com popularidade manchada. Além disso, os dois únicos reeleitos, Juan Perón (1952) e Carlos Menem (1995), também não tiveram finais felizes.

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