quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Fabricação precisa de blocos garante menos gasto, diz engenheiro


Da Redação

Os custos da construção civil podem ser diminuídos com uma produção eficiente, tanto em quantidade quanto em qualidade, dos blocos de cerâmica. A teoria é do engenheiro civil Alexandre Bertini, segundo o qual o planejamento do trabalho desde a fabricação ajudaria também a minimizar os impactos ambientais.
Bertini, que batizou a nova técnica de fabricação de blocos de cerâmica de “Coordenação Modular”, explica que a prática leva a um maior aproveitamento do material, deixando a construção mais limpa e agradando a clientes e ao mercado imobiliário, em expansão em Vitória da Conquista. “A idéia é muitos simples: é como o brinquedo que fazia sucesso há alguns anos, o Lego. Os materiais são produzidos de forma a se encaixarem, evitando o desperdício”, conta.
Para produzir um bloco cerâmico – diz o engenheiro –, é necessário o gasto de material e de energia. “Não justifica, portanto, que na hora de ser utilizado o bloco precise ser quebrado para se encaixar, inutilizando o restante. Com a Coordenação Modular, cada bloco cerâmico é fabricado de forma a se encaixar nos demais, sem necessidade de quebra. E assim acontece com os demais materiais”, esclarece.
Bertini apresentou o assunto durante a palestra “A Coordenação Modular na Construção: Um Resgate Imprescindível”, no II Encontro de Engenharia Civil, realizado entre os dias 12 e 14 de novembro na Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) de Vitória da Conquista.
“Os pesquisadores da Coordenação Modular pretendem, em primeiro lugar, inserir esse conceito dentro das faculdades, para que daqui a pouco tempo os profissionais possam começar a projetar de maneira mais eficiente”, explica o doutor Alexandre Bertini.
A prática também influencia no mercado de trabalho para os engenheiros. “O mercado recebe a idéia muito bem: ele quer pagar pouco e ter boa qualidade, assim, o engenheiro que se preocupa com a sustentabilidade do projeto acaba sendo mais eficiente”, adianta.
Para o mestre de Obras José Rocha, no ramo há dez anos, a idéia não cola. “Na tem como fabricar blocos na medida certa porque nunca se sabe o tamanho do pedaço que se vai usar”, disse. Segundo ele, na construção de um andar de um prédio se gasta em média 5 mil blocos. “A perda é de 500 blocos, geralmente”.

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